quarta-feira, 28 de abril de 2010

SINAIS DE FALÊNCIA ESPIRITUAL


Quando as pessoas começam a dar mais valor ao que chamam “igreja” como ajuntamento do que aos milagres existenciais que possam estar experimentando pelo Espírito e pela Palavra, então é porque estão cansadas da vivência do Evangelho —que é essencialmente existencial, começando no coração e se manifestando como fé em amor— e, por tal razão, desejam fazer uma maquiagem farisaica de modo exteriormente dissimulado.

Dá trabalho viver o Evangelho, deixando que ele nos crive os sentimentos, motivações e impulsividades animais todos os dias.

Dá trabalho submeter a consciência e os dogmas dos hábitos ao escrutínio do espírito do Evangelho instante a instante.

Dá trabalho viver segundo a verdade em um veículo que é carne e vaidade.

Dá trabalho amar a vida verdadeira quando se caminha turbinado pelas pulsões de um corpo de morte e com fobia de morrer.

Dá trabalho escolher a via Estreita, esse caminho indesejável, por isso tão pouco percorrido.

E o que é fácil?

Ora, fácil é desistir de tudo e virar um servo da religião que faz aferimento do Evangelho já não como benefício na própria vida, mas pelas performances de grupo ou pelas ocupações grupais que substituem a vida interior.

Se o Evangelho não afetar o mundo por mim, simplesmente não há Evangelho em mim.

O Evangelho em mim é primeiro para mim; depois é para crescer em mim, como fé e consciência em amor; depois é para afetar pela minha vida o meu mundo: os meus, os companheiros e colegas, e todo ser humano que cruze o meu andar.

No entanto, é muito mais fácil olhar para fora e buscar existir para tal ambiente de percepção, do que entregar-se à tarefa árdua de render o ser todos os dias ao entendimento conforme o Evangelho, vendo tais efeitos em nós mesmos, depois nos nossos, e, então, só depois, no mundo que seja o nosso neste planeta; e isso conforme o dom de Deus a cada um.

Sim! E tudo isso sempre acontecendo a partir do coração e afetando o ambiente de nosso existir familiar, atingindo assim o ninho de nossa vida antes de alcançar qualquer outra realidade. Pois, se alguém não prova o Evangelho, como se incumbirá dele?

Pense em você e pergunte: “Em que fase do caminho eu estou?

Caio Fábio (3/03/20010)

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