Já há alguns anos que grassa no Brasil uma doutrina divorciada da Palavra de Deus e que sobrevive justamente da distorção da interpretação do texto bíblico. Infelizmente, ela ainda prepondera no meio evangélico brasileiro, devido à influência midiática das igrejas neopentecostais, principais seguidoras e disseminadoras desses ensinos. Trata-se da Teologia da Prosperidade, que também responde pelo nome de Confissão Positiva, que nada mais é do que o seu arcabouço argumentativo. A Teologia da Prosperidade é o ensino de que o cristão verdadeiro tem o direito de obter a prosperidade financeira e está imune a todas as doenças, podendo inclusive exigir tais coisas de Deus durante a vida presente sobre a Terra. Para isso, basta apenas que use o nome de Jesus e “chame a existência aquilo que não existe”, imitando o que Deus fez na criação do mundo. Esta Doutrina ensina que todo cristão verdadeiro deverá ter sempre saúde plena e riquezas, de sorte que toda doença ou pobreza é sinal de “maldição”. Afirmava ela: “Todo cristão deve esperar viver uma vida plena, isenta de doenças”. Prega que o crente fiel deve viver pelo menos 80 anos “sem dor ou sofrimento” e que quem fica doente é porque não reivindica seus direitos ou não tem fé. Para fundamentar a Teologia da Prosperidade, seus expoentes apresentam um Jesus rico e muito próspero financeiramente quando esteve entre nós. Afirmam ainda que Jesus vivia numa casa grande, administrava muito dinheiro, por isso precisava de um tesoureiro, e usava roupa de griff. Cremos não haver necessidade de refutar tais idéias. Comparemos, por exemplo, Lucas 2.21-24 com Levítico 12.2-4,6,8 e 9.58, e veremos que a família de Jesus não era rica. As Sagradas Escrituras ensinam que nem a pobreza nem a riqueza são virtudes, e elas não tratam a pobreza com desdém. Não devemos ir para um extremo e nem para o outro (Pv 30.8-9). É verdade que a riqueza é bênção de Deus, desde que seja adquirida de maneira honesta, não vise exclusivamente aos deleites (Tg 4.3) e não venha dominar a pessoa. Também é bom saber que a pobreza não é símbolo de maldição divina (Pv 17.1 e 1Tm 6.7-9). A Confissão Positiva portanto é uma crença sem fundamento bíblico.
As igrejas neopentecostais, principais propagadoras desta doutrina tem sido, na verdade, grandes colaboradoras de satanás na terra, haja visto que geram, cada vez mais, pessoas depressivas por problemas de ordem financeira ou até mesmo por se acharem desprezadas por DEUS em decorrência de não terem alcançado aquilo que queriam.
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