Um dos maiores perigos do vício do crack que se alastra por Sobral é a grande adesão da substância entre crianças e adolescentes. , 90% dos menores que cometem crimes estão envolvidos com drogas. Destes, mais de 50% dos casos já são decorrentes da "pedra". O pior disso tudo é que o contato com a droga acontece cada vez mais cedo. Crianças de oito anos já podem ser vistas consumindo crack na rua, O problema aumenta porque, muitas vezes, esses menores atuam a serviço de traficantes.
Segundo relatos da própria comunidade, crianças de nove anos já são "aviões" do tráfico. "Tem criança que é ´doida´ para crescer e ser igual ao ´fulano´. É o modelo que eles têm. O cara que manda dentro da comunidade é o traficante". Outro agravante, na opinião de Alexsandro Carlos, Educador Social do Conselho Tutelar de Sobral, é o tipo de droga consumida. "Antes, os meninos faziam uso de cola e solvente. Essas substâncias hoje foram substituídas pelo crack", lamenta, Alexsandro, que também condena a falta de local especializado para reabilitar e ressocializar esses meninos.
Hoje o nosso município dispõe apenas da fazenda da esperança que é um orgão vinculado a Igreja católica, que disponibiliza cerca de 12 vagas para o tratamento de dependentes químicos, sendo que a família tem de pagar 03 (três) salários mínimos e um sexta básica mensal, o que na maioria dos casos é inviabilizado por conta da carência das famílias. E no que diz respeito a quantidade de vagas é insuficiente diante da alta demando do nosso município.
Alexsandro Carlos (Educador Social do CTS)
ps: O poder público deveria olhar um pouco mais para uma ferramenta porosa que se pode ter nas mãos. Os pastores evangélicos, na sua maioria, são homens extremamente preparados para enfrentar esta situação. Existe, na Serra da Meruoca, próximo ao Ytacaranha, uma pequena fazenda "Casa de recuperação Belém" que tenta com muito esforço (pois não tem apoio do poder público)a recuperação destes jovens. Dr. Leônidas, atente para estes homens de DEUS que podem ser grandes aliados sociais.
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